segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

7 motivos para não gostar do verão!

1- CASAMENTO DE VIÚVA
No caso de Florianópolis, o verão tem essa particularidade irritante: você sai de casa sem guarda-chuva, debaixo de um sol de Saara, e de repente leva um pancadão de água na cabeça;

2- RODELAS
Não é o meu caso, porque me previno com o velho e bom banho, e ainda uso uma camiseta branca por baixo da social (o calor não fica maior nem menor). Mas é deprimente ver as pessoas com aquelas rodelas embaixo do braço. E mais deprimente ainda quando elas nos proporcionam odores semelhantes ao do escritório de um taxidermista (acho que desde que vi o episódio abaixo do Pica-Pau que eu não usava esta palavra).



3- ROUPAS
Por mais que você lute, qualquer roupa vai te deixar com calor. Já no inverno, é diferente. Você escolhe a roupa e se apresenta melhor.

4- PROGRAMAÇÃO
No verão, torna-se suicídio escolher um programa em local sem ar-condicionado. Qualquer lugar sem ar, ou mesmo ao ar livre mas com restrições (tipo, “aberto”, como certos barzinhos) se torna o Inferno de Dante.

5- A ALEGRIA INCONTIDA
As TVs parecem querer nos convencer que tudo está maravilhoso. Creio que é influência do “Here comes the sun” dos ingleses – estes sim, precisam soltar fogos por causa do surgimento de um sol de 40 graus. Não vejo as TVs criarem símbolos para celebrarem a piedade, a clemência, quando a temperatura cai para níveis humanos em maio ou junho. Só vejo um maldito solzinho nas campanhas de verão e nas “programações de verão” de filmes e programas “jovens”. A associação de “verão” com “jovem” também é irritante, porque se baseia e consolida logo em seguida uma tese meio furada: a de que “jovem” não trabalha, fica o dia todo surfando. Aliás, eu nunca entendi o gigantesco nicho de mídia existente para o público de surfe. Em cada praia, do total da população, qual a porcentagem de surfistas? Qual a última vez em que você foi assistir, in loco, a uma competição de surfe, na arquibancada, torcendo e gritando “Tu és/Surfista de tradição/Raça, amor e paixão”? Quando você conseguiu assistir na TV a um programa sobre surfe INTEIRO, do início ao fim, sem que fosse apenas um programa apresentado pela Dora Vergueiro e pela Luiza Althenhoffen seminuas (aí não se trata de surfe)?

6- PRONTO PARA SUAR
No verão, o sujeito toma banho – seja quente ou frio – e sai do chuveiro, se enxuga e começa a se arrumar para trabalhar. Se o sapato ou a meia ou uma calça específica demandarem mais de cinco minutos de procura – é comum ter dificuldade de achar um par de meias – o sujeito JÁ ESTÁ SUADO e pronto para voltar pro banho. Aí ele olha para o relógio e pensa: “Fudeu”. Já vai ter que sair suado de casa.


7- A OBRIGAÇÃO DE SER E ESTAR "VERÃO"
No verão, o cara que não está com saco de ir à praia vira um "tanso". Quem fala mal do calor abrasivo de Florianópolis é tido como um subversivo perigoso. Se reclamarmos do sol inclemente que transforma capôs de carros em chapeiras de hambúrgueres somos perseguidos como bruxas na Idade Média. No verão, somos cafonas se não gostamos de andar por aí descalços e com uma latinha de cerveja quente na mão – hábito que tende a se tornar freqüente no carnaval. Como consegui encontrar uma praia razoavelmente civilizada recentemente, não tenho sofrido muito com isso. Mas continuo acreditando no direito de não ir à praia.
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